segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Meiose


A meiose (sigla = R!) é um processo de divisão celular pelo qual uma célula diplóide (2N) origina quatro células haplóides (N), reduzindo à metade o número de cromossomos constante de uma espécie. Sendo subdividido em duas etapas: a primeira divisão meiótica (meiose I) e a segunda divisão meiótica (meiose II). Na primeira etapa, também denominada reducional, ocorre a diminuição no número de cromossomos. Na segunda, equacional, o número de cromossomos das células que se dividem é mantido igual aos das células que se formam.


Dependendo do grupo de organismos, a meiose pode ocorrer em diferentes momentos do ciclo de vida: na formação de gametas (meiose gamética), na produção de esporos (meiose espórica) e logo após a formação do zigoto (meiose zigótica). As duas etapas possuem fases que se caracterizam por eventos biológicos marcantes, sendo relacionadas e descritas abaixo:

Meiose I Prófase I → é uma fase muito extensa, constituída por 5 subfases: Leptóteno – inicia-se a individualização dos cromossomos estabelecendo a condensação (espiralização), com maior compactação dos cromonemas; Zigóteno – aproximação dos cromossomos homólogos, sendo esse denominado de sinapse; Paquíteno – máximo grau de condensação dos cromossomos, os braços curtos e longos ficam mais evidentes e definidos, dois desses braços, em respectivos homólogos, se ligam formando estruturas denominadas bivalentes ou tétrades. Momento em que ocorre o crosing-over, isto é, troca de segmentos (permutação de genes) entre cromossomos homólogos; Diplóteno – começo da separação dos homólogos, configurado de regiões quiasmas (ponto de intercessão existente entre os braços entrecruzados, portadores de características similares); Diacinese – finalização da prófase I, com separação definitiva dos homólogos, já com segmentos trocados. A carioteca (envoltório membranoso nuclear) desaparece temporariamente. Metáfase I → os cromossomos ficam agrupados na região equatorial da célula, associados às fibras do fuso; Anáfase I → encurtamento das fibras do fuso, deslocando os cromossomos homólogos para os pólos da célula. Nessa fase não há separação do centrômero (ponto de ligação das cromátides irmãs em um cromossomo). Telófase I → desespiralização dos cromossomos, retornando ao aspecto filamentoso, havendo também o reaparecimento do nucléolo bem como da carioteca e divisão do citoplasma (citocinese), originando duas células haplóides. Meiose II Prófase II → os cromossomos voltam a se condensar, o nucléolo e a carioteca desaparecem novamente. Os centríolos se duplicam e se dirigem para os pólos, formando o fuso acromático. Metáfase II → os cromossomos se organizam no plano equatorial, com suas cromátides ainda unidas pelo centrômero, ligando-se às fibras do fuso. Anáfase II → separação das cromátides irmãs, puxadas pelas fibras em direção a pólos opostos. Telófase II → aparecimento da carioteca, reorganização do nucléolo e divisão do citoplasma completando a divisão meiótica, totalizando 4 células filhas haplóides.

Fonte: Brasil Escola



Difusão da Célula


A membrana celular exerce um papel importante no que se diz respeito à seletividade de substâncias - característica esta chamada permeabilidade seletiva. Neste processo, elas podem ser:- impedidas de atravessar o espaço intra ou intercelular;- transportadas, mas com gasto de energia (transporte ativo);- transportadas, sem gasto de energia (transporte passivo).No transporte passivo, temos a difusão simples, difusão facilitada e osmose. Neste texto abordaremos apenas estas duas primeiras, que ocorrem a fim de igualar a concentração intra e extracelular.Difusão simples Consiste no transporte de substâncias permeáveis à membrana. Estas, em solução, podem fluir de dentro para fora da célula ou vice-versa, de forma espontânea. Este processo ocorre de uma região com maior concentração de partículas para uma com concentrações menores. Trocas gasosas entre o sangue e tecidos é um exemplo deste tipo de transporte.Difusão facilitadaHá o auxílio de proteínas de membrana, denominadas permeases. Estas possuem sítios de ligação específicos para os tipos de substrato e atuam a fim de permitir que substâncias transitem pela região de bicamada lipídica. O processo auxilia em casos em que essas últimas, em razão das suas propriedades químicas e tamanhos moleculares, demorariam muito tempo ou não poderiam fluir de forma espontânea, via difusão simples. Neste caso, a movimentação se dá nas regiões mais para as menos concentradas e a velocidade é controlada, principalmente, pela quantidade de permeases disponíveis.Sais minerais e determinados aminoácidos são transportados desta forma.


Fonte: Brasil Escola


Mitocôndrias


As mitocôndrias são organelas citoplasmáticas com formas variáveis: ovóides, esféricas ou de bastonetes, medindo aproximadamente de 02μm a 1μm de diâmetro e 2μm a 10μm de comprimento. São constituídas por duas membranas: a mais externa lisa e a interna pregueada, formando as cristas mitocondriais (septos), que delimitam a matriz mitocondrial (solução viscosa semelhante ao citosol), onde ficam dispersas estruturas ribossomais, enzimas e um filamento de DNA circular. As enzimas catalisam a importante função dessas organelas, no que diz respeito à respiração celular, fornecendo energia metabólica liberada na forma de ATP (Adenosina Trifosfato), despendida em todas as atividades desenvolvidas por uma célula. Portanto, durante o processo de respiração aeróbia ocorrem reações determinantes nas mitocôndrias: o Ciclo de Krebs na matriz mitocôndrial e a Cadeia Respiratória nas cristas mitocondriais. O fato de esta organela possuir material genético próprio permite a ela capacidade de se autoduplicar, principalmente em tecidos orgânicos que requerem uma compensação fisiológica maior quanto à demanda energética, percebido pela concentração de mitocôndrias em células de órgãos como o fígado (células hepáticas) e a musculatura (fibra muscular). Existem teorias (endossimbiótica) a cerca da origem das mitocôndrias, que demonstram o surgimento dessas organelas nas células eucariontes durante a evolução a partir de análise comparativa e evidências como: - a dupla membrana, sendo a interna semelhante aos mesossomos (dobras membranosas de bactérias, ricas em enzimas respiratórias); - o pequeno tamanho dos ribossomos, semelhantes aos de procariotos, e diferenciados aos encontrados no hialoplasma da mesma célula eucarionte; - e a presença de DNA circular. Portanto, supõe-se que por volta de 2,5 bilhões de anos, células procarióticas teriam fagocitado, sem digestão, arqueobactérias capazes de realizar respiração aeróbia, disponibilizando energia para a célula hospedeira, garantindo alimento e proteção (uma relação harmônica de dependência).


Fonte: Brasil Escola

Mitose







Mitose é o processo de divisão celular pelo qual uma célula eucarionte origina, em seqüência ordenada de etapas, duas células-filhas cromossomicamente e geneticamente idênticas. A grosso modo costuma-se dividir este processo em dois momentos: o primeiro relacionado à formação de dois núcleos filhos e o segundo correspondendo à citocinese (divisão do citoplasma). Contudo, didaticamente detalhada em quatro etapas: prófase, metáfase, anáfase e telófase. Prófase → é a etapa preparatória da célula para início da divisão, ocorrendo eventos correlacionados ao período de interfase, essenciais para o ciclo celular: - Princípio da condensação (espiralização / compactação) dos cromossomos duplicados na interfase; - Desaparecimento do nucléolo em conseqüência da paralisação do mecanismo de síntese. - Duplicação do centríolo e migração desses para os pólos opostos da célula, formando microtúbulos, as fibras do fuso e do haster, ambas constituídas de tubulinas alfa e beta. As do fuso unir-se-ão ao cinetócoro, região do centrômero (ponto de intersecção entre os braços cromossômicos), e as do haster dando suporte (fixação) juntamente à face interna da membrana plasmática.



Metáfase → Fase de máxima condensação dos cromossomos e desfragmentação total da carioteca (membrana nuclear), havendo: - Deslocamento e disposição linear dos cromossomos na placa equatorial (metafásica) da célula. - ligação dos centrômeros às fibras do fuso.


Anáfase → Fase da divisão onde ocorre a separação dos cromossomos duplicados, migrando cada cromátide irmã em direção aos pólos opostos, devido ao encurtamento dos microtúbulos, conseqüente à retirada de tubulinas.


Telófase → Última etapa da divisão mitótica, caracterizada pelo agrupamento e descompactação dos cromossomos (genoma) em extremidades opostas, recomposição da carioteca e nucléolo, finalizando o processo com a citocinese (individualização do citoplasma em duas células-filhas).



Plastos



Os plastos, também denominados de plastídeos, estruturas normalmente discóides, são orgânulos citoplasmáticos presentes exclusivamente em células de plantas e de algas, originados do processo de diferenciação dos proplastos (os protoplastídeos) de acordo com a função celular de cada um. Podem ser incolores (leucoplastos), ou coloridos, com pigmentos em seu interior (cromoplastos). Um exemplo comum de cromoplastos são os cloroplastos contendo o pigmento fotossintetizante clorofila. Além dos tipos referidos, os demais proplastídeos se diferenciam em: amiloplastos, que armazenam amido; Elaioplastos, que acumulam gordura; e Leucoplastos, desempenhando síntese de monoterpeno (hidrocarbonetos / óleos essenciais).
Por Krukemberghe Fonseca


Fonte: Brasil Escola


Osmose




Você sabe por que a salada, certo tempo após ser temperada, se apresenta murcha? Em razão da ação da osmose! Este tipo de transporte passivo consiste na difusão de moléculas de água (solvente), predominantemente do meio com mais para o com menos concentração destas moléculas, por uma membrana semipermeável. Há três casos a se considerar: - quando tanto meio externo quanto o interno estão com concentrações iguais: consideramos que a célula está em um meio isotônico;


- quando o meio externo está com menor concentração de soluto - havendo, portanto, uma maior concentração de água: dizemos que ele está hipotônico, podendo ocorrer o rompimento da célula (lise celular), caso a célula não possua parede, tal como a dos vegetais;




-- quando o meio externo está com maior concentração de soluto - havendo, portanto, uma menor concentração de água: dizemos que ele está hipertônico, podendo ocorrer o murchamento da célula ou a plasmólise – separação da membrana da parede celular - no caso das células vegetais.


Esse último é a resposta para a pergunta feita no início: como, neste caso, submetemos as células destes vegetais a um meio hipertônico, a água destes, por osmose, se desloca para o meio externo, causando esta diferença na conformação do alimento. É o mesmo mecanismo que justifica o porquê dos caramujos morrerem ao ser despejada uma quantidade de sal nestes (mas você fazer isso não é justificável!); o porquê de algumas pessoas adicionarem-no em determinadas carnes, a fim de conservá-las fora da geladeira; e a finalidade do soro caseiro.

Fonte: Brasil Escola







Peroxissomos



Os peroxissomos são organelas membranosas presentes no citoplasma das células vegetais e animais, formando vesículas arredondadas cuja função está relacionada ao armazenamento de enzimas que catalisam o peróxido de hidrogênio (água oxigenada - H2O2), uma substância tóxica que necessita ser degradada. Dessa forma, a enzima catalase reage com o peróxido de hidrogênio produzindo água (H2O) e oxigênio molecular (O2). Representação da reação de oxidação: 2 H2O2 + Enzima Catalase → 2 H2O + O2 Nos vertebrados, os peroxissomos, numerosos principalmente nas células de órgãos como os rins e fígado, ocupam cerca de 2% do volume celular hepático. Nesses órgãos, realiza a desintoxicação do organismo, oxidando substâncias absorvidas do sangue. Problemas decorrentes da ausência dessa organela ou síntese anômala correlacionada à disfunção genética podem causar doenças metabólicas crônicas envolvendo diversos órgãos e sistemas orgânicos, como por exemplo, a síndrome de Zellweger: doença congênita interligada aos rins, ossos, fígado, cérebro e glândula adrenal, alterando todo o funcionamento corpóreo. Os peroxissomos também estão envolvidos na produção de ácidos biliares sintetizados no fígado. Nos vegetais são importantes reguladores do processo germinativo, convertendo os lipídios armazenados nas sementes em açúcares.


Fonte: Brasil Escola


Núcleo das células



O núcleo é a região das células eucariontes, delimitada pela membrana nuclear ou carioteca (karyon = núcleo; théke = invólucro), armazenando em seu interior os cromossomos, contendo também um ou mais nucléolos mergulhados em seu nucleoplasma (cariolinfa). Normalmente apresentam forma ovóide ou esférica, com diâmetro médio igual a 5μm, porém também manifestando morfologia lobular: bilobulados ou multilobulados, observados em células de defesa (alguns tipos de leucócitos). Entretanto, existem células anucleadas, por exemplo, as hemácias dos seres humanos. Desta forma, de acordo com a diferenciação entre os tecidos, células diferentes em um mesmo organismo podem variar quanto ao número de núcleos, sendo: mononucleadas, possuindo somente um núcleo (células epiteliais); binucleadas, com dois núcleos (células hepáticas), e multinucleadas, contendo vários núcleos (células musculares). Características e função da membrana nuclear da célula: - Formada por duas camadas lipoprotéicas; - Apresenta numerosos poros comunicantes com o hialoplasma, por onde saem e entram substâncias moleculares; - Proteção do material genético; - E barreira física que limita a região reguladora do metabolismo, através do processo de transcrição. Contudo, mesmo uma célula nucleada, dependendo do estágio de seu ciclo celular, pode admitir distintos comportamentos: durante a interfase, período de síntese intensa, o núcleo apresenta aspecto evidente, enquanto no período de multiplicação (divisão - mitose ou meiose) tanto a carioteca quanto o nucléolo se desintegram, reaparecendo no final deste evento.


fonte: Brasil Escola


Membrana plasmática



A membrana plasmática também denominada: plasmalema, membrana celular, membrana citoplasmática, constitui uma fina película lipoprotéica, com espessura variando de 7,5 a 10nm (nanômetros), delimitando o citoplasma de todos os tipos de células vivas (eucariontes e procariontes). Entre os modelos já propostos quanto à composição e estruturação membranar ao longo da história da citologia, a melhor representação aceita atualmente foi a sugerida pelos cientistas Singer e Nicolson em 1972, simulada através de um mosaico fluido. Por essa representação, a membrana celular seria formada por uma bicamada fosfolipídica incrustada de proteínas transmembranares, situação comprovada a partir da visualização em microscópio. À medida que se aperfeiçoavam os microscópios e técnicas de análise, foram sendo esclarecidos os questionamentos relacionados ao funcionamento deste limiar, assegurando as características intracelulares e o meio circundante. A composição anfipática (polar e apolar) da molécula fosfolipídica, estabelecida pela bicamada juntamente com especificidade das proteínas nela contida, funcionam como portas de passagem para as substâncias, permitindo a translocação de soluto e solvente conforme a necessidade metabólica da célula, ou seja, a membrana possui característica semipermeável (permeabilidade seletiva) de substâncias ou partículas. Pelo processo de difusão ou osmose são transportados substratos através da membrana, mantendo diferenças de concentração (hipotonicidade e hipertonicidade).


Fonte: Brasil Escola


Glicocálix



O glicocálix (do grego glykys = açúcar, e do latim = calyx = envoltório), é um revestimento formado por uma camada frouxa de moléculas glicídicas, lipídicas e protéicas entrelaçadas, situadas externamente à membrana plasmática de células animais e de alguns protozoários. Atua proporcionando resistência à membrana plasmática, agindo contra agressões físicas (choques mecânicos) e químicas (intervenção viral ou bacteriana) do meio externo, conferindo capacidade de reconhecimento de substâncias nocivas e retenção de nutrientes. Durante a diferenciação celular, o glicocálix desempenha importante função, relacionada a seus receptores, assimilando estímulos que irão reger a organogênese, ou seja, a formação e distinção dos tecidos e órgãos, indicativo de sua composição específica conforme o tipo celular. De forma geral, possui dois tipos básicos de componentes: Variáveis: as glicoproteínas e as glicoaminoglicanas, sintetizadas e incorporadas à membrana plasmática. Constantes: fragmentos glicídicos acrescidos às glicoproteínas e glicolipídeos. Entre outras funções o glicocálix realiza: proteção, obstáculo de difusão, mediação enzimática, coesão celular e inibição por contato.


Fonte: Brasil Escola

Lisossomos


Os lisossomos são organelas citoplasmáticas membranosas presentes em praticamente todas as células eucariontes. Em seu interior existem enzimas que realizam normalmente a digestão intracelular, porém extracelular em casos excepcionais. A estrutura de um lisossomo tem sua origem a partir do processo de síntese e transformações que envolvem a complexidade celular. Partindo inicialmente do controle genético, são sintetizadas moléculas de RNA precursoras das enzimas digestivas. Essas moléculas juntamente ao retículo endoplasmático rugoso realizam o processo de transcrição de uma proteína. Finalizada a síntese, essas proteínas são transportadas em vesículas (pequenas bolsas) que se dissociam do retículo com destino ao complexo de Golgi. Nesse local as proteínas irão passar por transformações (maturação), havendo acréscimo de grupamentos químicos (fosforilação) nas extremidades dos filamentos protéicos, caracterizando o seu potencial enzimático. Após esse estágio as enzimas formadas são empacotadas em vesículas que se desprendem do aparelho golgiense, constituindo o lisossomo. A este estado de pré-formação dá-se o nome de lisossomo primário e quando em ação funcional propriamente dita, formado: o vacúolo digestivo, o vacúolo autofágico e corpo residual, recebem a denominação de secundário.Quanto ao aspecto interno da vesícula lisossômica, esta possui um pH por volta de 5, um potencial hidrogeniônico ácido em virtude do conteúdo, visto que as enzimas são chamadas de hidrolases ácidas. Durante o processo digestivo, os lisossomos podem tanto asociar-se a fogossomos quanto a pinossomos (denominação que condiz com a consistência das substâncias ou partículas engolfadas), formando o vacúolo digestivo. À medida que a digestão se processa, as moléculas necessárias ao metabolismo da célula atravessam a membrana do vacúolo dispersando-se pelo hialoplasma. O material não digerido constitui o corpo residual, eliminado por exocitose (clasmocitose ou defecação celular). Essas organelas também podem atuar na degeneração de outros orgânulos da própria célula, mantendo a renovação das estruturas permanentemente reconstruidas, mecanismo chamado de autofagia (auto = próprio, fagia = comer). Dependendo da informação e controle gênico, as enzimas lisossômicas, em resposta ao envelhecimento das células ou a qualquer alteração morfofisiológica (hormonal, lesões ou tumores), podem desencadear o mecanismo de morte celular programada (apoptose), ou seja, a célula se alto destrói, evitando maiores danos ao organismo.

Fonte: Brasil Escola

Complexo Golgiense



O complexo de golgiense, ou conhecido pelas seguintes denominações: aparelho de golgi, dictiossomo, golgiossomo ou complexo de golgie, constitui uma organela citoplasmática típica de células eucarióticas, com função fundamental de eliminação de substâncias produzidas pela síntese celular através do processo de secreção. É formado por vesículas com morfologia de sacos achatados. Além de promover maturação e armazenamento de proteínas ribossomáticas, efetua também a distribuição das moléculas sintetizadas e empacotadas nas vesículas. Aderidas ao citoesqueleto as vesículas são transportadas no interior da célula até a região basal da mebrana plasmática. A partir desse instante a membrana da vesícula se funde à membrana da célula, eliminando o conteúdo protéico para o meio extracelular. Boa parte das vesículas transportadoras do retículo endoplasmático rugoso (RER) são transportadas em direção ao complexo de Golgi, passando por sínteses modificadas e enviadas aos seus destinos finais. Essa organela tende a se concentrar em células especializadas na secreção de substâncias hormonais, principalmente células de órgãos como: o pâncreas (síntese de insulina e glucagom), Hipófise (somatotrofina – hormônio do cescimento) e Tireóide (T3 e T4).
Krukemberghe FonsecaGraduado em BiologiaEquipe Brasil Escola

Citoplasma



O citoplasma é o espaço da célula compreendido entre a membrana plasmática e a membrana nuclear nos eucariotos, correspondendo nos procariotos toda a totalidade do conteúdo limitado pela membrana. Esta região contém um fluido viscoso chamado de hialoplasma, também denominado de citosol ou citoplasma fundamental, constituído basicamente por íons dissolvidos em solução aquosa e substâncias de fundamental necessidade à síntese de moléculas orgânicas (carboidratos e proteínas). Dessa forma, o citoplasma é considerado um colóide, onde estão imersas as organelas celulares: as mitocôndrias, os peroxissomos, os lisossomos, os cloroplastos, os vacúolos, os ribossomos, o complexo de golgi, o citoesqueleto e o retículo endoplasmático liso e rugoso. Entre as funções realizadas pelo citoplasma estão: o auxílio na morfologia da célula, relacionada à consistência do citosol e o armazenamento de substâncias indispensáveis à vida. Seu conteúdo está em constante movimentação, caracterizado por ciclose, visivelmente analisado em células vegetais observadas ao microscópio.


Fonte:
Biologia - Brasil Escola

Adesão e comunicação entre as células



Os tecidos de um organismo são formados por agrupamentos de células semelhantes quanto à morfologia e a fisiologia, necessitando em algumas situações orgânicas de extrema conexão entre células adjacentes (vizinhas), assegurando, por exemplo: proteção contra a penetração de microorganismos patogênicos (que causam doenças), e em outros casos, estruturas que proporcionam o intercâmbio de substâncias. Tais funções ocorrem devido a especializações presentes nas regiões mediadas pela membrana plasmática e envoltórios celulares, denominadas junções intercelulares, sendo: os desmossomos, as zônulas oclusivas (junções oclusivas), as zônula de adesão, e os nexos (junções comunicantes). Desmossomo → ponte estabelecida entre duas células vizinhas, por onde se conectam filamentos intermediários, formando uma estrutura de grande força tensora, composta de várias proteínas intracelular (placoglobina e desmoplaquina) e extracelular (desmogleina e desmocolina), existentes principalmente no tecido epitelial de revestimento (a pele) e músculo cardíaco. Zônulas oclusivas → união entre as células (do intestino), impedindo a passagem e o armazenamento de substâncias e macromoléculas nos espaços intercelulares, vedando a comunicação entre dois meios (cavidades). Nexos → são pontos comunicantes entre a membrana de uma célula e outra, através de proteínas transmembranares de ambas as células, formando poros (canais), por onde passam íons e pequenas moléculas. Esse tipo é encontrado em tecidos embrionários, células cardíacas e hepáticas. Zônula de adesão → regiões que unem células vizinhas por meio de substâncias intercelulares adesivas, causando aderência sem que haja contato entre as membranas plasmáticas.

Fonte: Brasil Escola









Forma e função das células

Uma célula, de acordo com o controle genético, possui forma relacionada com a função que desempenha. Nos vegetais a morfologia é limitada devido à presença da parede celulósica conferindo angulosidades às células com aspecto romboédrico, enquanto nos animais a não existência da parede permite variados formatos. - No epitélio estratificado pavimentoso (da pele, por exemplo), as células possuem formas poliédricas conferindo um grau de proximidade que desempenha proteção mecânica, bem como evitando a perda de água por desidratação, revestindo o organismo com muita eficácia. - No tecido muscular a forma alongada e a estrutura das células contribuem com a capacidade de contração e distensão. - No tecido conjuntivo sangüíneo, os glóbulos vermelhos do sangue (as hemácias), com forma achatada e região central abaulada (bicôncava), proporcionam melhor transporte de gás oxigênio e distribuição aos diversos tecidos do organismo. - No tecido nervoso, as numerosas ramificações (dendritos e telodendros) das células nervosas realizam a recepção de estímulos e a transmissão de impulsos nervosos, muitas vezes com grande velocidade. - O formato do espermatozóide, constituído por uma cabeça, uma peça intermediária e uma cauda, permite sua maior mobilidade. Fatores externos podem influenciar no comportamento anatômico de uma célula. A pressão exercida pelo aglomerado celular em um tecido pode remodelar a estruturação de cada unidade, visto a maleabilidade conferida pela membrana plasmática.
Fonte: Brasil Escola


Vida ou Não Vida?


A princípio falar ou mesmo definir critérios sobre a vida ou não vida é muito difícil, por se tratar da subjetividade entre as pessoas. Isso devido às distintas opiniões existentes em uma população com hábitos, costumes e experiências que vão desde a criatividade infantil, descobertas juvenis, maturidade e responsabilidades de um adulto. Assim, o ato de degustar e apreciar uma refeição, poderia configurar algum valor conceitual para distinção entre Vida e Não Vida, utilizando, por exemplo, um silogismo temos: Se viver é degustar guloseimas; vivo porque amo chocolate.
Assim, é impossível definil Vida e estabelecer o oposto para a Não Vida.


Porém, para critérios científicos e didáticos, entendemos a vida como um bem organizado complexo químico, tendo a célula como unidade básica e fundamental que caracteriza um ser vivo, sendo capaz de expresar reações próprias ou estímulos do meio. Se analizarmos a composição química de uma pedra comparada a de uma borboleta, perceberemos a existência de elementos similares ou não (carbono, oxigênio, ferro...) no aranjo estrutural de ambos. Portanto, a composição, a proporção e o grau organizacional dos elementos químicos estabelecem diferenciação entre os seres animados e inanimados, inseridos cada um no tempo e no espaço. Ações nutricionais, locomotoras, respiratórias e reprodutivas, dos organismos mais simples (Unicelulares: bactérias, fungos e protozoários), e os mais grandiosos (Pluricelulares: gimnospermas, angiospermas, aves, mamíferos), são também critérios determinantes do grande abismo entre Vida e Não Vida.





A Vida manifesta essas ações, coordenadas direta ou indiretamente pela expressão da molécula de DNA – Ácido desoxiribonucleico. A emissão de pseudópodes, o funcionamento das organelas, a respiração celular, a sensibilidade do predador, transporte de seiva e demais atividades metabólicas, são regidas pela síntese de compostos a partir da molécula de DNA subsidiando a Vida.


Fonte: Brasil Escola

A Biologia Celular, antiga citologia, aborda temáticas relacionadas às células:

- a evolução, organização e método de estudo das células de procariontes e eucariontes;

- citoesqueleto e citossol;

- vacúolos e inclusões;

- cílios e flagelos;

- membranas, suas especializações;

- permeabilidade celular;

- organelas

- ribossomos, retículo endoplasmático granuloso e não-granuloso, complexo golgiense, centríolos, lisossomos, mitocôndria, cloroplastos (nas células vegetais);

- núcleo, nucléolo e envoltório nuclear;

- ácidos nucléicos;

- moléculas de adesão;

- diferenciação e interação celular;

- divisão (mitose e meiose);

- microscopia, envolvendo técnicas de preparação e estudo deste material biológico e uso de microscópios ópticos e eletrônicos.

Estas temáticas, dentre outras, permitem o estudo destas unidades estruturais, presentes em todas as formas de vida existentes, tanto uni quanto pluricelulares.


Fonte Brasil Escola

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Células Procarióticas e Eucarióticas


A vida manifesta-se em milhões de diferentes espécies, que possuem sua própria morfologia e informação genética específica. As espécies podem ser reunidas em grupos progressivamente mais abrangentes – gêneros, ordens, famílias – até o nível dos reinos clássicos, vegetal e animal. Um dos esquemas de classificação, o de Whittaker, postula a divisão em cinco reinos – Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia, com as suas correspondentes subdivisões.
Esta aparente complexidade simplifica-se com o exame das formas vivas a nível celular.


As células são identificadas como pertencentes a dois grupos: procarióticas e eucarióticas. Somente os seres pertencentes ao reino Monera (i.e. bactérias, algas azuis – cianofíceas) possuem células procarióticas, enquanto que todos os outros reinos constituem-se de organismos formados por células eucarióticas. A principal diferença entre estes dois tipos celulares é a ausência de um envoltório nuclear nas células procarióticas. O cromossomo desta célula ocupa um espaço denominado nucleóide, estando em contato direto com o protoplasma. As células eucarióticas possuem um núcleo verdadeiro com um envoltório nuclear elaborado, através do qual ocorrem trocas entre o núcleo e o citoplasma.

A Célula: Organização Molecular

A estrutura celular visível aos microscópios óptico e eletrônico é resultante de um arranjo de moléculas numa ordem bastante precisa. Apesar de haver muito ainda a ser aprendido, começaram a surgir os princípios gerais da organização molecular de algumas estruturas celulares, como membranas, ribossomos, cromossomos, mitocôndrias e cloroplastos. A biologia celular não pode ser separada da molecular, pois da mesma maneira que as células são os “tijolos” de tecidos e organismos, as moléculas são os “tijolos” das células.
A organização molecular dos seres vivos está baseada na química do carbono. Proteínas, carboidratos, lipídios, etc., são diferentes macromoléculas que contém um grande número de átomos de carbono arranjados de forma distinta.

Numerosas estruturas celulares são constituídas por moléculas bastante grandes denominadas macromoléculas ou polímeros, compostas por unidades repetidas, chamadas monômeros.
Existem três exemplos importantes de polímeros nos organismos vivos. São eles:

- Ácidos nucléicos, que resultam da repetição de quatro diferentes unidades
denominadas nucleotídeos. A sequência linear de quatro nucleotídeos na molécula
de DNA é a fonte básica da informação genética.

- Polissacarídeos podem ser polímeros da glicose, formando amido, celulose ou
glicogênio, ou podem também envolver a repetição de outras moléculas para formar
polissacarídeos mais complexos.

- Proteínas ou polipeptídeos são compostos por aproximadamente 20 aminoácidos,
presentes em diversas proporções, unidos por ligações peptídicas. A ordem em que estes
20 monômeros podem se unir dá origem a um número astronômico de combinações
em diferentes moléculas protéicas, determinando não só sua especificidade, mas
também sua atividade biológica.

Ácidos Nucléicos
Os ácidos nucléicos são macromoléculas de suma importância biológica. Todos os
organismos vivos contêm ácidos nucléicos na forma de ácido desoxirribonucléico (DNA)
e ácido ribonucléico (RNA).
O DNA é o principal armazenador da informação genética. Esta informação é copiada
ou transcrita para moléculas de RNA, cujas as sequências de nucleotídeos contém o
“código” para a ordenação específica de aminoácidos. As proteínas são então sintetizadas
num processo que envolve a tradução do RNA. Refere-se frequentemente à série de
eventos acima relacionada como o dogma central da biologia molecular; ela pode ser
resumida na forma

Fonte: Introdução à Biologia Celular e Molecular
www.inf.puc-rio.br/~melissa/.../biologia/anexo_biologia.pdf